PINTURAS E TRAPINHOS: novembro 2019

novembro 14, 2019

Podem ser adoradas, há pessoas que amam as suas cicatrizes por estarem associadas à gravidez por exemplo e exibem-nas com todo o orgulho, são encaradas como marca de amor...
Também são odiadas quando se pretende apagar memórias e nesse caso têm de recorrer a várias técnicas...
Cicatrizes podem ser associadas a tratamentos de saúde, acidentes e violência doméstica...
Dependendo da zona do corpo, como no caso do rosto, mãos, braços, pescoço e colo... são marcas ficam em constante exibição...

Ser mãe de adultos por vezes é estranho...
Não deixamos de ser mães mas as escolhas deles já não são nossas...
Ao ajudar nem sempre somos compreendidas e as ansiedades e dores deles projetam-se com igual intensidade e com o mesmo nível de carinho e de preocupação...

Os pais em norma fazem sempre o melhor que podem...
Todos somos diferentes e no caso de serem vários filhos, o que é bom para um , é péssimo para o outro...
Quando são muitos filhos , estes são tratados com amor, mas dividido pela "ninhada"...
A vida não permite esbanjar, e as roupas, livros, brinquedos, etc... passam de uns para os outros ...
O primeiro e o segundo e menos o terceiro ,ainda têm direito a um álbum fotográfico, onde são feitos registos e datas mais ou menos importantes... a primeira vez que sorriu, falou, andou, etc...
Por vezes com o passar do tempo, e as revezes da vida, as oportunidades não são as mesmas, e embora que o principal seja o amor, o carinho, a comida no prato etc... ficam algumas comparações, mágoas que muitas vezes só vamos perceber quando somos pais...

O ser humano nem sempre nasce bom. Precisa ser preparado para vir a sê-lo e despertado pelo sofrimento do seu semelhante...
Dar aos outros, prescindir para dar alegria a quem nada tem pode ser "caridadezinha" mas eu posso bem com isso...Acho que faço o que devo...
A solidariedade por incrível que pareça é feita à custa dos que menos podem...
O mais importante da vida não são os objetos .São os afetos. E o tempo...
Olhar é ver com o coração...
Todos vemos o que nos rodeia, todavia, nem todos olhamos do mesmo modo o que nos cerca...

"Que a importância esteja no teu olhar, não naquilo que olhas". André Gide

Errar é humano...é uma forma de aprendizagem...
Saber dar a volta é aceitar as nossas imperfeições, fragilidades e vulnerabilidades...
As falhas são importantes para valorizar as conquistas...
Os erros humanizam as pessoas...
As novas gerações não estão preparadas para a frustração...
Cada vez mais a sociedade e os pais em geral protegem demasiado os filhos...
O papel da escola devia ser crucial, ensinar a desenvolver um pensamento crítico, a valorizar o percurso mas não o resultado...

Normalmente as pessoas buscam resultados diferentes na vida, seja pessoal, profissional e social...
Vivemos permanentemente num estado de alerta, porque o nosso cérebro interpreta como ameaças as situações que possam comprometer a nossa estabilidade (emocional, física, financeira, etc)...
Muitas vezes não estamos preparados para reagir adequadamente às ameaças ( reais ou imaginárias)...
Existem ferramentas, técnicas simples e básicas que nos ajudam a lidar melhor com o stress...
Parar e respirar, inspirar e expirar profundamente, pensar em que amamos, os afetos têm a capacidade de interromper qualquer estado de ameaça e fazer atividades que nos dão prazer, ouvir música, fazer exercício físico, contactar coma natureza, apanhar sol, etc...
Repetir permite moldar o cérebro, passa por um treino da mente...

As nossas mãos revelam muitas coisas, são o nosso cartão de visita...
Há quem as leia e saiba adivinhar o passado, o presente e futuro...
São elas que garantem um dos cinco sentidos que mais apreciamos...o toque...
É com elas que abraçamos e sentimos, são elas que nos permitem trocar gestos, escrever, expressarmo-nos da forma mais básica...
É nos dedos que nos identificamos com a impressão digital, para os documentos mais importantes...
Dada a natureza vulnerável, é sujeita a agressões diárias...
São elas que contam a história da nossa vida...

O lar é o espaço onde conseguimos descansar, recarregar energias e encontrar o equilíbrio...
Pode não ser a casa perfeita...
Cada um de nós tem o seu modo de descodificar esse luxo...
Para uns é exposição solar, ser quente, ser fresca , as paisagens, o local, ter boa vizinhança, silenciosa, cheia de objetos de luxo, ser limpa, ter poucos objetos mas confortáveis, etc...
Ter casa, já por si só é um luxo...é um porto seguro que gostamos sempre de regressar, é aonde estão aqueles que nos amam...
Estar só por opção também pode ser um prazer...

Com a idade vamos perdendo a paciência para mudar certas coisas (ou quase tudo)...
Quando mudamos de rotinas e horários temos de nos ajustar, equilibrar e adaptar...
Os desequilíbrios são importantes para criarmos bases mais sólidas...
É assim necessário que cada um consiga encontrar e desenvolver os seus equilíbrios, devendo para tal, por exemplo, saber montar estratégias para os alcançar, tomar decisões adequadas a cada situação, ter capacidade de adaptação perante os problemas que a vida lhe coloca...

Uma vida normal simples às vezes é difícil alcançar...
O necessário é estabelecer prioridades...
Dou importância , o ser mãe, mulher, avó, filha e fazer o meu trabalho o melhor que posso...
Com tantas tarefas no dia a dia, cuidar da saúde, fazer tarefas de que se gosta, seja jardinagem, culinária, pintura, fotografia, costura etc.. gerir nem sempre é fácil...
O melhor é mesmo navegar a vida, como ela vem...

Aquilo que nos faz mais felizes, vive-se sem filtro e sem ânsias de uma partilha urgente...
Um filósofo, diz que" Hoje podemos estar uma vida inteira a ver cinema, televisão ou um ecrã e morrer sem ter entrado na vida...Somos mais que perecíveis, a todo o instante, mas a ideia de que podemos passar a maior parte da nossa vida ao lado de coisa interessantes para visitar, para nos apossarmos, com que nos interrogarmos ou sermos interrogados...Estarmos morbidamente fixados a esta paixão pela imagem devora-nos vivos."...